O Filósofo, autor de Portugal Hoje, O Medo de Existir e considerado pela revista ‘Nouvelle Observateur’ um dos 25 grandes pensadores do Mundo, deu ontem a sua última aula.
Confessando-se 'surpreendido' com a presença de tanta gente, justificou o facto: 'Tem a ver com a minha mediatização e com a falta de acontecimentos'.
José Gil denuncia os factores que explicam o visível atraso geral de toda a nossa nação, que se observa através duma falta de cultura e de ideias próprias. É o mal de um país em que as pessoas não se consciencializam e se conformam com a situação actual, revendo-se no pequeno, vivendo no pequeno, abrigando-se e reconfortando-se no pequeno à base de pequenos prazeres e amores, pequenas ideias e pensamentos e diminutas mentalidades.
Dos seus pensamentos, destacam-se dois conceitos: o de que “há uma inteligência que só a arte nos dá e que é fundamental” e o da cidade inteligente - um espaço público, livre e independente, onde as pessoas possam discutir e debater tudo o que seja do seu interesse.
Nesta sessão verdadeiramente histórica, José Gil afirmou "nunca eu dei uma lição".
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